quarta-feira, 5 de junho de 2013


UCA , acontece....

 

 Prof. Gizélia  Bertoldo Maciel¹


Foto 01: Prof. Gizélia(amarelo) e Prof. Saionara Santos

O Seminário UCA ocorreu nos dias 04 e 05/04 no Instituto Anísio Teixeira em Salvador e teve como objetivo avaliar o processo formativo e de implantação do UCA em nosso estado. Nove das dez escolas contempladas com o projeto se fizeram  presentes.

Na abertura do evento foi exibido o vídeo Use TIC & tudo, produzido pela Faculdade de Educação - FACED da UFBA e está disponível em
http://www.youtube.com/watch?v=bnBiucD11Q8.

               
                                      
 
Estavam presentes no evento o professor Nelson Pretto, Maria Helena Bonilla, Marco Silva, representante do MEC, professores e alunos das diversas escolas UCA/BA, professores dos NTE, bolsistas da UFBA, representantes do IAT e outros convidados.

Os dois dias de Seminário fora bastante proveitoso sendo mostrados os avanços e as dificuldades ao longo deste 02 anos de trabalho do Projeto UCA - Prouca.

A infra estrutura básica deixou a desejar e muito  enfatizou-se a respeito das dificuldade referentes a internet já que em algumas escolas não conseguiram utilizar a rede, outras apesar de a utilizarem, não supria as necessidades básicas, pois a velocidade estava aquém da necessária. A falta de segurança foi outro entrave,  inclusive muitos UCA foram roubadas na Escola Municipal Maria Antonieta Alfarano,
 localizada em Salvador. A configuração do notebook também não era das melhores, limitando ainda mais sua utilização.

Algumas dificuldades no processo formativo também foi salientado, referente ao Ambiente virtual de aprendizagem do MEC  como exemplo: o e-proinfo por possui uma interface não muito amigável,  dificultando assim para o professor, que por ora é visto como imigrante digital, a sua utilização.

Convém também salientar que muito se produziu ao longo deste projeto: alunos e professores tiveram a oportunidade de se familiarizar com o computador: como a internet, aprendendo a utilizar estes recursos no cotidiano, melhorando assim seu relacionamento com as tecnologias. Projetos foram implementados nas diversas escolas tendo as peculiaridades do local contempladas, resgatando as identidades e promovendo o sentimento de pertencimento muitas vezes rejeitado pela comunidade.

Salientamos  que a formação Prouca tinha como objetivo o uso da tecnologia como estruturante da educação para patrocinar uma mudança metodológica na melhoria do processo ensino e aprendizagem. Acreditamos que ainda a longo prazo,  conseguiremos elucidar essa tal sonhada mudança. Entretanto os primeiros passos foram dados e a caminhada continua.

A continuação do projeto a partir de agora está por conta das
prefeituras e do estado que decidirão pela compra ou não dos notebooks paras suas  escolas. 

Quanto a formação, fica por conta dos Núcleos de Tecnologia da Educação - NTE com o auxilio do Instituto Anísio Teixeira e Núcleo de Tecnologia Municipal - NTM, auxiliado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação - UNDIME. A equipe da Universidade federal da Bahia não mais fará parte da formação para o uso do UCA, ou seja a partir de agora a responsabilidade da formação é dos órgãos do estado e do município.
Parafraseando Albert Einstein "a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original", afirmamos que as escolas UCA avançaram no uso das tecnologias no processo educativo e por isso está alguns passos a frente de outras escolas que não tiveram esta  oportunidade.

Assim,  convém pois aproveitar as chamas lançadas pelo projeto abrindo espaços para metodologias ativas e inovadoras.

O professor Nelson Pretto, provocador como sempre, enfatizou que devemos "esvaziar de pedagogia a tecnologia e encher de comunicação". Quanto aos tablets,  acredita que o professor, imigrante digital, deve BRINCAR com os mesmos se apropriando  da tecnologia e de suas possibilidades para só depois incorporar na sua prática docente. Ainda na visão de  Nelson "o professor deve ser ativista e com um jeito Hacker de ser", isto é  ele deve participar ativamente das políticas públicas, debatendo, pesquisando e atuando do local até o global.

O professor  Marco Santos salientou que ainda estamos no audiovisual e que precisamos nos jogar na Cibercultura, alertando com isso que ainda estamos por nos apropriar desse espaço colossal que é a internet para nos inserir nas discussões e nos diversos espaços promovendo a humanização do ser humano. 

 

A rede formada pela internet é composta por pessoas que uma vez apropriadas de suas vantagens podem e devem promover espaços mais democráticos, tolerantes e a escola como a família pode atuar para que o desenvolvimento das potencialidades do homem/mulher venham a tona através desta rede que pode construir/desconstruir.  E vamos caminhado... rsrs
 

(1)  Professora do  Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE05/ Itabuna-BA